Regulamentação da Profissão Por Methanias Colaço Junior Vou iniciar minha participação com um assunto acadêmico e importante, o qual interessa aos pesquisadores de Bancos de Dados e aos pesquisadores de qualquer área de TI. Nosso depoimento será objetivo e tem o intuito de esclarecer, principalmente aos mais jovens, a importância e o impacto da regulamentação de uma profissão. Cito os mais jovens, pois a maioria é incerta do seu lugar no mercado e muitas vezes por impulso, defende, sem a devida base, que a profissão ou “alguma coisa” deve ser regulamentada. O ponto de partida é diferenciar profissão de um ofício qualquer. Profissão exige nível acadêmico completo, já o ofício, basicamente, requer o conhecimento de alguma “arte”. Não é necessário, por exemplo, cursar uma faculdade para consertar sapatos. Neste ponto, nossa opinião é clara: Informática não é arte, não é intuitiva e não se aprende sozinho ! Partindo deste princípio, podemos defender e lutar por uma regulamentação, todavia, existem alguns requisitos para regulamentação de uma profissão que complicam e impedem a regulamentação do profissional de informática por vias normais. Enumeramos dois exemplos: • A regulamentação deve pressupor a existência de qualificação profissional específica, indispensável à proteção da coletividade; • A regulamentação deve visar ao interesse público. Pressupondo proteção da coletividade, por exemplo, seria quase impossível licenciar arquitetos de software, garantindo segurança aos softwares desenvolvidos pelos mesmos e protegendo a sociedade de maus profissionais. Assim, devemos pensar em uma regulamentação que vise ao interesse público, ou seja, uma regulamentação moderna e fora dos padrões. A regulamentação deve ser feita de forma aberta aos egressos dos cursos, sem engessar o andamento de projetos e sem obrigar os usuários a contratar profissionais regulamentados. Abraços e até o próximo artigo com a promessa de tratarmos especificamente sobre bancos de dados ou apoio à decisão.
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