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Uma Breve Retrospectiva

Citando uma mestra de Português que tenho, ela diz: “Quem dá sentido ao texto é o leitor”. Sendo assim, saudações a todos os meus leitores, especialmente aqueles que já me escreveram tirando dúvidas e pedindo conselhos. Tem sido muito bom o retorno dos leitores. Recebi uma quantidade razoável de e-mails para somente quatro artigos no ar e fico feliz com a receptividade. Vamos agora retomar os escritos de 2005. Apesar de já estarmos no início de março desejo a todos um ótimo 2005, no mínimo melhor que 2004.

Vou tomar a liberdade de fazer uma breve interrupção na série sobre ferramentas CASE.

Sendo essa a minha primeira coluna em 2005, como um brinde à originalidade farei uma pequena retrospectiva do ano.

Para isso listei cinco tópicos que me chamaram a atenção no ano passado, em diversas áreas de TI.

O leitor que sentir que algo importante foi deixado de lado, escreva-me avisando.

Vamos lá.

.Net

Sem dúvida nenhuma a cada ano que passa o .Net se consolida. Em 2004 houve um fator determinante que foi o investimento da Borland na plataforma. Com o lançamento do Delphi 8.0 no início daquele ano, e do Delphi 2005 no final do ano além da suíte ALM (inclusive com o Together dando suporte ao Visual Studio) fica cada vez mais sutil a diferença entre desenvolvedores Borland e MS. O .Net consolidou-se definitivamente como uma argamassa extremamente coesa entre diversas linguagens e fornecedores e a Borland entrou com tudo na jogada.

Segurança MS

Já para a MS, 2004 talvez tenha sido o ano da segurança em desenvolvimento de software. Foi armada uma verdadeira operação de guerra para a campanha de segurança. Até o programa Desenvolvedor 5 Estrelas na sua versão TechNet ganhou uma especialização em segurança. Sem falar no SP 2 do XP que foi o maior já distribuído na historia do Windows, que implementa de forma geral, funcionalidades em segurança.

Vírus

Os vírus da vez foram basicamente os Worms como NetSky, Sasser e MyDoom. Os cavalos de tróia e os vírus que exploram portas abertas em servidores também pulularam na rede. Cada vez mais a Internet se expõe naturalmente como a maior fonte de contaminação, na medida em que se infiltra de forma irremediavelmente em nossas vidas.

(Com relação a isso tenho a dizer aos meus leitores que simplesmente não abro e-mail sem o campo “Assunto” preenchido de forma que me permita identificar sua procedência. Tais e-mails são sumariamente excluídos.)

Houve também o aparecimento do vírus para celular (logo no início desse ano) criado pelo brasileiro Marcos Velasco. Esse vírus possui a propriedade de se propagar utilizando a tecnologia Bluetooth, fazendo com que um celular estando próximo a outro infectado possa ser contaminado também. Sensacional, se não fosse trágico.

Orkut

Em janeiro minha equipe perdeu um desenvolvedor para uma empresa em São Paulo e também em janeiro descobri que o meu violão é da mesma marca e modelo do violão do João Gilberto (pelo menos de um deles). Essas duas pequenas ocorrências foram graças a uma ferramenta chamada Orkut. Mais uma daquelas simples idéias que ganham vulto na internet. Orkut Buyukkokten é o engenheiro do Google que teve a idéia de tornar as comunidades virtuais muito mais fáceis e atraentes de se usar. Agregou a elas a idéia da corrente condicionando a entrada ao Orkut a um convite, e permitindo que todos vejam os amigos de todos, fazendo assim com que tendo apenas 8 amigos eu esteja indiretamente com acesso disponível neste momento a 4021690 pessoas com apenas pouco mais de um mês de uso do sistema. Em 2004 o Orkut explodiu no mundo todo. Mas logicamente quantidade não é qualidade. É preciso navegar bastante para encontrar uma boa comunidade, séria e atualizada.

VoIP

Enquanto a Telefônica quebra o pau com a justiça de São Paulo, para continuar cobrando a famigerada taxa de assinatura por um serviço dito de qualidade questionável, a tecnologia de voz sobre IP vai avançando.

Acho que está mais do que claro para todos nós que trabalhamos com tecnologia que o sistema de telefonia tal como o conhecemos hoje está fadado à morte, se é que já não esteja agonizando. Em função disso, dada a curta memória do consumidor brasileiro e a possibilidade de fusões e criação de novas empresas, as atuais empresas de telecomunicações já não se preocupam mais com qualidade, respeito e futuro como deveriam.

Quando o sistema de VoIP chegar, as empresas de telefonia já terão suas divisões em provedores de internet, de modo a poder fechar as portas e pararem de explorar o consumidor.

Em 2004 apareceram vários softwares de voz sobre IP, aparelhos telefônicos e etc. E com o advento da popularização da banda larga, a coisa parece que vai andar agora.

Off-Topic

Recebi um e-mail de um ex-professor meu, comentando a respeito da ferramenta Case utilizada na faculdade. Reproduzo aqui um trecho do e-mail recebido. Agradeço a atenção do professor e um grande abraço.

“Sou Analista/Professor do CES/JF (como analista trabalho há 20 anos e como professor 6 anos), trabalhei com cobol, basic, clipper e desde 1992 trabalho com Genexus, acompanhei a evolução da ferramenta desde a época em que trabalhava com DOS e gerava em COBOL para AS400. Hoje trabalhos com Genexus gerando em VisualFOX para SQL, e o nosso próximo passo é gerar em JAVA para PostgreSQL. É lógico que minha opinião é suspeita, mas posso te afirmar que não deixa nada a desejar em relação a outros CASES/Linguagens. Todos os sistemas da instituição ( Colégio, Faculdade e Clínicas ) são desenvolvidos no referido CASE, exceto a parte de INTERNET devido a uma questão interna. Em Juiz de Fora temos sistemas desenvolvidos na ferramenta ( Escolas, Estacionamentos, Clínicas, Lanchonetes, Condomínios ... ). A grande concentração de desenvolvedores enconta-se em São Paulo e Rio Grande do Sul, mas temos em Mato Grosso , Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, entre outros. E também Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, México, Estados Unidos, Canadá, Cuba, China, Japão, Espanha, Portugal.

Existem grandes empresas que utilizam Genexus. Vários sites desenvolvidos com ferramentas auxiliares ( GxPortal ), integração com SAP. A infinidade de opções é imensa”.

Geraldo Cruz
Analista/Professor CES/JF

Para saber mais:

www.artech.com.uy
www.newtechbr.com.br
www.genexus.com.br

Dúvidas dos leitores

Agradeço a todos os leitores que leram meus artigos e escreveram com dúvidas. Espero nesse próximo ano poder contribuir ainda mais.

Uma dúvida que recebi e que gostaria de compartilhar com todos é sobre a geração de scripts para SQL Server com o Visio. Para gerar os scripts façam o seguinte:

Gera-se um script no Visio a partir do grupo de diagramas Database, opção Database Model Diagram. No menu escolham Database/Generate. Tem-se um Wizard que irá orientar na geração do script, com a interface inicial que se segue:

Próximo artigo

Em virtude de alguns dias de férias, esse artigo cuja previsão era para 15/12/2004 somente foi enviado para a editoria em 04/03/2005. Em janeiro e fevereiro não publiquei na coluna.

Previsão de publicação em 01/04/2005, vamos continuar o estudo falando do Together.

 

Vagner Vilela de Oliveira (alancox@ig.com.br) é Analista Desenvolvedor com 12 anos de experiência em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Fluente em Visual Studio, SQL Server, SQL e ferramentas Case. É graduando em Matemática pela Faculdade de Filosofia e Ciências Santa Marcelina. Realiza estudos em .NET, UML e Gerência de Projetos. Atualmente é Gerente de Desenvolvimento da Meta - Tecnologia em Sistemas.

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